Pão de queijo com açaí

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24/10/09 – Pedro da Gávea

Posted by tchurevisk em 25 de outubro de 2009

Do Leme ao Pontal (melhor dizendo, do Arpoador até a Macumba) - montagem by Targueta

Subir a Pedra da Gávea era algo que estava nos meus planos há muito tempo. Desde que me mudei pro Rio já apareceram várias oportunidades, mas sempre pintava algum imprevisto e eu ia adiando essa idéia. Até que uns dias antes o Targueta (companheiro de faculdade e de outras viagens por aí) me manda uma mensagem dizendo que tava querendo dar um pulo no Rio, e pra eu organizar alguma coisa por aqui. Não seja por isso: conversei com alguns amigos, arranjamos um guia (era a primeira vez que a maioria subia, então achamos melhor não arriscar) e marcamos o passeio pro sábado.

Quem subiu: eu, Targueta, Daniel, Bruno, Agnaldo e o guia, Xaropinho. Bruno e Agnaldo vieram virados de uma noitada na Lapa, e isso fez com que Agnaldo quase botasse os bofes pra fora na subida. Fomos de carro até a praça da Barrinha, onde encontramos o guia as nove da matina. O dia estava lindo, muito sol e uma visibilidade ótima, e, claro, bastante calor também.

Iniciamos a caminhada por volta das 9:30. O início é bastante puxado, num aclive acentuado no meio de uma mata bem fechada. Os corpos ainda frios sentiram o esforço, feito ainda pior pelo calor úmido do mato. Agnaldo quase desfaleceu várias vezes, e chegou a querer desistir da trilha, mas acabou perseverando. De qualquer forma conseguimos ir num ritmo firme, e em cerca de uma hora acabava a mata e já podíamos avistar a enorme cabeça de pedra.

A Pedra da Gávea, pra quem não sabe, tem o formato de uma cabeça, conhecida pelas pessoas como Cabeça do Imperador. Outra lenda (??)  que cerca a pedra é sobre supostas inscrições fenícias que foram encontradas em uma de suas faces, e que provariam que o Rio já teria sido visitado por esse povo muito antes dos lusos. Pelo que pude apurar na Internet não são autênticas, mas a maioria das pessoas parece acreditar nessa história.

Após mais meia hora em campo aberto, e já chegando bem perto da Pedra vem a parte que todos temem: a carrasqueira. É um trecho da trilha que se tem que escalar, nada muito complexo mas pra quem não tem prática pode ser um pouco assustador, ainda mais pelo fato de ser a beira do abismo. Algumas pessoas já morreram nessa passada, portanto é bom ter cuidado. Xaropinho foi na frente e esticou uma corda pra nós, mas a maioria conseguiu subir sem esse auxílio.

Passada a carrasqueira, mais uns 15 minutos de trilha  e finalmente atingimos o cume. A visão de lá é deslumbrante, como vocês podem ter uma idéia por essas fotos. Dá pra ver a maior parte da cidade, e constatar que o Rio realmente é abençoado pela natureza. Lá em cima encontramos outros trilheiros, comemos, descansamos,  tiramos várias fotos e nos preparamos pro retorno, que transcorreu sem maiores sobressaltos, totalizando no final 4h30 de duração da trilha. Realmente a Pedra da Gávea é um programa obrigatório pra quem curte natureza e trilhas.

Bruno brincando de Homem-Aranha

Yeah beibe!!!

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01, 02 e 03/05/09 – Travessia da Serra dos Órgãos (Petrópolis – Teresópolis)

Posted by tchurevisk em 10 de setembro de 2009

Início da trilha

Todo mundo feliz, as mochilas abarrotadas de feijoada e enlatados em geral, roupas secas e a esperança de uma trilha com pouca chuva. No total, éramos 13 pessoas (eu, Pedro, Danielzinho, Bruno, johnny, Felipe, Jonhson, Mélanie, Daniel, Eurico, Michael, Perdigão, Giuseppe), todos, com exceção de Daniel e Giuseppe, membros do CouchSurfing,  e os dois guias. Graças ao Johnny, tínhamos até um uniforme pra equipe!

Nada como uma alimentação saudável pra dar força na trilha!

Primeiro dia: distância total de 6,9 Km até os Castelos do Açu (altitude inicial 1040 m; altitude final 2138 m).

Parada para o lanche na Pedro do Queijo e outras paradas para descanso (Ajax e Alto da Isabeloca). O início da trilha é tranquilo mas logo chega a subida e nos deixa sem fôlego. Alguns falaram em desistir, mas não perdemos nenhum membro pelo meio do caminho!

Apesar de muita gente, o grupo logo descobriu uma dinâmica bastante democrática: os mais lentos na frente definindo a velocidade do grupo. A chuva esperou-nos chegar até os Castelos do Açu. Depois caiu fina até o dia seguinte. Como estávamos em grupo grande, chegamos ao nosso destino já no final da tarde e os castelos – seus compartimentos: salas, corredos, alas – já estavam completamente ocupados e por isso tivemos que acampar do lado de fora. Praticamente, foi montar a barraca, comer e dormir.

Segundo dia: distância percorrida 6,6 Km

Nossa barraca não aguentou o tranco da chuva durante a noite e vazou um bocado de água pelas amarras. Resultado: sacos de dormir molhados, e uma noite de frio, muito frio. Um rastro de sol aparece suscitando a esperança de um dia melhor. Um pouco de café quente para aquecer, estender as roupas molhadas para secar. E partir.

No alto do Açu encontramos essa sem-teto... Dá uma dó não dá?

Saída do segundo dia - Castelos do Açu ao fundo

Nuvem, nuvem, nuvem e chuva. O solzinho da manhã servira apenas para levantar esperanças e dar forças para mais um dia.

Uma mostra da 'visual' que a gente pôde curtir durante a maior parte da trilha :/

O segundo dia é composto por muitas descidas e subidas, mesclando trechos de mata, pedra lisa, charco, lama e trechos que requerem mais habilidade técnica, como o cavalinho. Os visuais mais belos se concentram nesse dia, Vale da Morte, dos Garrafões, Vale das Antas, Portal de Hércules e Pedra do Sino. Porém, só vimos neblina, chuva e frio. Por esse motivo, a atenção teve que ser redobrada nos trechos mais delicados., como a subida do Elevador até a Pedra do Dinossauro, através de grampos de ferro em forma de escada na rocha. Minutos intermináveis de muito adrenalina e medo. Depois, descida muito íngreme até o Vale das Antas, sobre a pedra lisa molhada. Para terminar o dia, cavalinho. É a parte de maior dificuldade técnica, principalmente para quem tem medo de altura. Necessita-se tranpor uma rocha sem mochila, com ajuda de corda e do guia.

Pra piorar a situação, o cavalinho é ponto de gargalo na trilha, pois só permite a passagem de uma pessoa por vez. Como havia bastante gente por lá, graças ao feriado, tivemos que esperar um bom tempo debaixo de uma garoa fina e gelada. Quando se está caminhando o calor do corpo faz com que o frio seja mais suportável, mas parados e molhados ele nos atingiu com toda a força.

Cavalinho

Fila vista de cima para passar o Cavalinho

Noite do segundo dia: acampamos no Abrigo 4, na base da Pedra do Sino. Noite sem chuva, e portanto, muita mais fria que a noite anterior. Além disso, os sacos de dormir ainda estavam molhados, não havia tido sol durante o dia para secá-los, o que contribuiu para baixar ainda mais a sensação térmica. Por alguns instantes, tive medo da hipotermia. Mistura de um monte de medos diferentes depois de um dia inteiro de muita emoção e adrenalina.

Os sobreviventes e alguns poucos momentos de visibilidade.

Bruno teve um acidente meio grave nesse dia: devido a chuva que teimava em cair do lado de fora, resolveu cozinhar dentro da barraca. A panela com água fervente virou, ocasionando queimaduras de 2º grau na batata de uma de suas pernas. Isso não o impediu de acabar a trilha, mas ficou com uma bela cicatriz de recordação pelo descuido.

Terceiro dia

Algumas pessoas conseguiram acordar e ver o nascer do sol. Descida até a portaria do parque em Teresópolis. É o dia mais tranquilo em relação a esforço físico, e ainda bem, porque todos estavam bem cansados. Também foi o dia com melhor clima, o que foi outro alívio, porque ninguém aguentava mais tomar água na cabeça. Infelizmente, esse dia não apresenta grandes visuais, a não ser do topo, na Pedra do Sino, assim não temos grandes imagens pra compartilhar aqui.

Destaques da trilha

Michael com sua ‘dispensa enlatada’ ambulante.

Johnny reclamando o tempo todo que nem uma velha rabugenta.

Felipe por conseguir fazer a trilha carregando todas as tralhas do Johnny, e ainda aguentando suas reclamações.

Bruno com seu já citado prato ‘batata (da perna) cozida’.

Melanie com sua inesperada agilidade.

Infelizmente o tempo não nos ajudou, e acabou não sendo tão prazeroso como poderia ter sido sem toda a chuva e frio. Teremos que voltar outra vez pra realmente aproveitar a paisagem!

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