Pão de queijo com açaí

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01, 02 e 03/05/09 – Travessia da Serra dos Órgãos (Petrópolis – Teresópolis)

Posted by tchurevisk em 10 de setembro de 2009

Início da trilha

Todo mundo feliz, as mochilas abarrotadas de feijoada e enlatados em geral, roupas secas e a esperança de uma trilha com pouca chuva. No total, éramos 13 pessoas (eu, Pedro, Danielzinho, Bruno, johnny, Felipe, Jonhson, Mélanie, Daniel, Eurico, Michael, Perdigão, Giuseppe), todos, com exceção de Daniel e Giuseppe, membros do CouchSurfing,  e os dois guias. Graças ao Johnny, tínhamos até um uniforme pra equipe!

Nada como uma alimentação saudável pra dar força na trilha!

Primeiro dia: distância total de 6,9 Km até os Castelos do Açu (altitude inicial 1040 m; altitude final 2138 m).

Parada para o lanche na Pedro do Queijo e outras paradas para descanso (Ajax e Alto da Isabeloca). O início da trilha é tranquilo mas logo chega a subida e nos deixa sem fôlego. Alguns falaram em desistir, mas não perdemos nenhum membro pelo meio do caminho!

Apesar de muita gente, o grupo logo descobriu uma dinâmica bastante democrática: os mais lentos na frente definindo a velocidade do grupo. A chuva esperou-nos chegar até os Castelos do Açu. Depois caiu fina até o dia seguinte. Como estávamos em grupo grande, chegamos ao nosso destino já no final da tarde e os castelos – seus compartimentos: salas, corredos, alas – já estavam completamente ocupados e por isso tivemos que acampar do lado de fora. Praticamente, foi montar a barraca, comer e dormir.

Segundo dia: distância percorrida 6,6 Km

Nossa barraca não aguentou o tranco da chuva durante a noite e vazou um bocado de água pelas amarras. Resultado: sacos de dormir molhados, e uma noite de frio, muito frio. Um rastro de sol aparece suscitando a esperança de um dia melhor. Um pouco de café quente para aquecer, estender as roupas molhadas para secar. E partir.

No alto do Açu encontramos essa sem-teto... Dá uma dó não dá?

Saída do segundo dia - Castelos do Açu ao fundo

Nuvem, nuvem, nuvem e chuva. O solzinho da manhã servira apenas para levantar esperanças e dar forças para mais um dia.

Uma mostra da 'visual' que a gente pôde curtir durante a maior parte da trilha :/

O segundo dia é composto por muitas descidas e subidas, mesclando trechos de mata, pedra lisa, charco, lama e trechos que requerem mais habilidade técnica, como o cavalinho. Os visuais mais belos se concentram nesse dia, Vale da Morte, dos Garrafões, Vale das Antas, Portal de Hércules e Pedra do Sino. Porém, só vimos neblina, chuva e frio. Por esse motivo, a atenção teve que ser redobrada nos trechos mais delicados., como a subida do Elevador até a Pedra do Dinossauro, através de grampos de ferro em forma de escada na rocha. Minutos intermináveis de muito adrenalina e medo. Depois, descida muito íngreme até o Vale das Antas, sobre a pedra lisa molhada. Para terminar o dia, cavalinho. É a parte de maior dificuldade técnica, principalmente para quem tem medo de altura. Necessita-se tranpor uma rocha sem mochila, com ajuda de corda e do guia.

Pra piorar a situação, o cavalinho é ponto de gargalo na trilha, pois só permite a passagem de uma pessoa por vez. Como havia bastante gente por lá, graças ao feriado, tivemos que esperar um bom tempo debaixo de uma garoa fina e gelada. Quando se está caminhando o calor do corpo faz com que o frio seja mais suportável, mas parados e molhados ele nos atingiu com toda a força.

Cavalinho

Fila vista de cima para passar o Cavalinho

Noite do segundo dia: acampamos no Abrigo 4, na base da Pedra do Sino. Noite sem chuva, e portanto, muita mais fria que a noite anterior. Além disso, os sacos de dormir ainda estavam molhados, não havia tido sol durante o dia para secá-los, o que contribuiu para baixar ainda mais a sensação térmica. Por alguns instantes, tive medo da hipotermia. Mistura de um monte de medos diferentes depois de um dia inteiro de muita emoção e adrenalina.

Os sobreviventes e alguns poucos momentos de visibilidade.

Bruno teve um acidente meio grave nesse dia: devido a chuva que teimava em cair do lado de fora, resolveu cozinhar dentro da barraca. A panela com água fervente virou, ocasionando queimaduras de 2º grau na batata de uma de suas pernas. Isso não o impediu de acabar a trilha, mas ficou com uma bela cicatriz de recordação pelo descuido.

Terceiro dia

Algumas pessoas conseguiram acordar e ver o nascer do sol. Descida até a portaria do parque em Teresópolis. É o dia mais tranquilo em relação a esforço físico, e ainda bem, porque todos estavam bem cansados. Também foi o dia com melhor clima, o que foi outro alívio, porque ninguém aguentava mais tomar água na cabeça. Infelizmente, esse dia não apresenta grandes visuais, a não ser do topo, na Pedra do Sino, assim não temos grandes imagens pra compartilhar aqui.

Destaques da trilha

Michael com sua ‘dispensa enlatada’ ambulante.

Johnny reclamando o tempo todo que nem uma velha rabugenta.

Felipe por conseguir fazer a trilha carregando todas as tralhas do Johnny, e ainda aguentando suas reclamações.

Bruno com seu já citado prato ‘batata (da perna) cozida’.

Melanie com sua inesperada agilidade.

Infelizmente o tempo não nos ajudou, e acabou não sendo tão prazeroso como poderia ter sido sem toda a chuva e frio. Teremos que voltar outra vez pra realmente aproveitar a paisagem!

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