Pão de queijo com açaí

Nosotros… por aí!

Açaí por aí

Posted by tchurevisk em 3 de agosto de 2009

(Poucas) fotos de Pedro na Austria e Budapeste:

http://picasaweb.google.com/pdantas/NewAlbum1708081130?feat=directlink

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Saudades…

Posted by tchurevisk em 25 de julho de 2009

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Mais fotos:  http://www.flickr.com/photos/29620038@N02/sets/72157610942592643/ 

 

Resolvi postar umas fotos do nosso casório…

A saudade desse trem gostoso tá foda!

É estranho como a falta simplifica as coisas.

 

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Expediente

Posted by pdantas em 19 de julho de 2009

Cartagena

  • entrada no Castillo San Filipe, em Cartagena: COP7000;
  • táxi dentro de Cartagena: de COP3000 a 7000;
  • ônibuis Santa Marta/Cartagena: COP20000;
  • van Santa Marta/Taganga: COP1000;
  • passeio de carruagem em Cartagena: COP25000 (+- 30 minutos), COP40000 (+- 1 hora).

San Blas

  • transporte San Blas (Carti)/ Ciudad de Panamá: US$25/cabeça;
  • diária em San Blas: US$25 em Carti, US$30 na Isla Diablo por pessoa, com transporte entre as ilhas e comida inclusos;
  • viagem no veleiro Stahlratte entre Cartagena  e San Blas (Carti), US$380 por pessoa, 4 dias, com tudo incluído, exceto bebidas alcoólicas;
  • cerveja em San Blas (Carti): US$1;
  • mola (artesanato típico kuna): de US$20 a 40;

Ciudad de Panamá

  • táxi Ciudad de Panamá: entre US$2 e 7;
  • táxi centro Ciudad de Panamá/Aeroporto: US$20;
  • almoço (melhor dize banquete) Manolo Caracol: US$25/cabeça;
  • entrada para visitação do Canal do Panamá (docas Miraflores): US$5, ou 7 com as exposições incluídas;
  • um chapéu do Panamá (que na verdade são feitos no Equador): de US$20 a US$80;
  • um PF na Cidade do Panamá: US$5;
  • diária em hotel simples na Cidade do Panamá (Hotel Texas): US$25;

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25/02/09 – Quarta: de volta pra casa

Posted by pdantas em 19 de julho de 2009

Nada muito especial a relatar: hoje foi acordar, arrumar a mala e tomar um táxi pro aeroporto. Nossa lua de mel infelizmente chegou ao fim. Voltamos ao Brasil com aquele gostinho de quero mais, mas ao mesmo tempo satisfeitos de retornar pra nossa casa e pra nossa vida, e já planejando a próxima viagem.

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24/02/09 – Terça: Ciudad de Panamá

Posted by pdantas em 19 de julho de 2009

De manhã saímos pra passear numa cidade quase deserta, afinal estamos nos dias finais do carnaval e as pessoas estão mais ligadas nas noites que nos dias.

Andamos por uns barirros não muito convidativos e acabamos na antiga parte colonial da cidade, o Casco Antiguo. A história da Cidade do Panamá é bem interessante: foi uma das primeiras cidades fundadas pelos espanhóis nas Américas, mas num local distinto do atual, conhecido hoje por  Panamá Viejo. Em mil seiscentos e antigamente, essa cidade foi atacada, saqueada e por fim incendiada pelo pirata Sir Henry Morgan, tendo sobrado apenas algumas ruínas que ainda podem ser avistadas hoje.

A cidade então foi refundada na região que hoje é o Casco Antiguo, considerada mais fácil de ser defendida. Por fim, durante o sec XX, a classe dominante local foi paulatinamente abandonando essa área em favor de outras mais modernas, como El Cangrejo. Atualmente, está acontecendo um movimento de valorização e restauração dessa parte antiga, mas ainda é um trabalho em andamento. Pra nós, o Casco Antiguo pareceu uma versão piorada de Cartagena, valeu a visita mas está longe de ser alguma maravilha.

Na hora do almoço, decidimos nos proporcionar um luxo e comemos no Manolo Caracol, que os guias indicavam como um dos melhores, se não o melhor, restaurante da cidade. Pro almoço eles servem uma sucessão de tapas (pequenos pratos), um mais gostoso que o outro: teve creme de pupunha, vieiras ao molho creolle, camarão, cogumelos, peixe, kafta, coelho… O banquete parecia não ter fim, e tudo delicioso. A conta saiu um pouco salgada (US$60 pros dois) mas valeu a pena.

Depois, por fim, fomos fazer a inevitável visita ao Canal do Panamá. Confesso que esperava mais: a construção é impressionante, mas depois de meia hora perde a graça. Acho que nessa horas sou mais bicho do mato mesmo. Já a história do canal, essa sim, prende a atenção: durante muito tempo, se falou da hipótese de construir um canal ligando os dois oceanos, e encurtando enormemente o tempo de trânsito dos navios. Finalmente, no final do sec XIX, o governo Colombiano (o Panamá era então parte da Colômbia, remanescente da Gran Colombia bolivariana, que deu origem também ao Equador, Peru e Venezuela) deu permissão a uma companhia francesa para iniciar as obras.

Para isso contrataram o engenheiro DeLesseps, que tinha feito fama construindo o Canal de Suez no Egito. Mas acontece que uma floresta tropical é bem mais temperamental que uma região desértica, e graças a desabamentos, acidentes e, principalmente, aos mosquitos da malária e febre amarela, depois de alguns anos a companhia declarou falência, tendo escavado menos da metade do projeto.

Alguns anos depois, entram em cena os americanos que decidiram comprar a brigar e encarar a construção do canal, mas fizeram uma série de demandas que o governo colombiano não estava a fim de atender. No problem, logo em seguida um grupo “revolucionário” declarava a independência do Panamá, que foi prontamente reconhecida pelo Tio Sam. E quando a Colômbia pensou em mandar tropas pra botar a casa em ordem, deu de cara com uma esquadra americana que estava ali para garantir a independência do novo país.  Sem nenhum interesse, lógico.

Assim, a república do Panamá foi criada. E logo em seguida assinavam um acordo com os hermanos americanos, cedendo tudo que os colombianos não haviam querido dar: permissão para construir e operar o canal indefinitivamente, bem como direitos soberanos sobre uma faixa de dez quilômetros de extensão a partir de cada uma das margens, e ainda o direito (pasmem!) de intervir militarmente  no país quando achassem necessário. Ou seja, o Panamá deixava de ser uma parte da Colômbia para se tornar, na prática, uma colônia americana.

De qualquer maneira, após esses acontecimentos, os EUA de fato concluíram as obras do Canal, não que esse feito tenha sido indolor: mais de 22ooo pessoas deram a vida durante as obras, somando as empreitadas francesa e americana, mas como quase todos eram caribenhos e imigrantes africanos e asiáticos, quem está contando?

Alguns outros fatos sobre o canal:

– ele opera com um sistema de eclusas, 7 no total, que sobem e descem os barcos a medida que se movem do Atlântico para o Pacífico ou vice versa;

– a cada navio trafegado, 100000m3 de água doce são jogados no oceano, por isso a importância do lago de Gatun, que provê essa água;

– todo o sistema funciona a base de gravidade, não existe nenhum motor ‘puxando’ a água;

– cada barco navegado paga por peso. Assim, o menor montante pago foi US$0,36, por um americano que atravessou o Canal a nado. O maior, mais de US$300000, pagos por um cruzeiro norueguês;

– a cada ano mais de 13000 barcos cruzam o canal, sendo uma das maiores fontes de renda para a economia panamenha.

Eventualmente o descontentamento do povo com a ingerência americana aumentou, levando a protestos e enfrentamentos. O acordo sofreu então algumas reformulações, até que na década de 70 o então presidente americano Carter assinou um novo acordo prometendo ceder a autoridade do Canal ao Panamá no ano 2000. E, efetivamente, isso aconteceu, o que motivou grandes festas no Panamá na virada do século. Atualmente, está em curso um processo de ampliação do Canal, com a construção de um novo jogo de reclusas (o terceiro), que será maior que as atuais e permitirá a passagem de navio de porte ainda maior.

Após a visita ao Canal, voltamos ao hotel para um descanso, e no fim da tarde fomos visitar Amador, um conjunto de três ilhas ligadas por um sistema de pontes. Lá é o “calçadão” da Cidade do Panamá, onde as pessoas vão no fim da tarde correr, andar de patins ou simplesmente tomar um sorvete ou jantar num dos muitos restaurantes do local, o que foi exatamente o que fizemos.

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23/03/09 – Segunda: Ciudad de Panamá

Posted by pdantas em 18 de julho de 2009

Acordamos cedo pra tomar o carro pra Cidade do Panamá. A estrada é bem ruinzinha, de barro em boa parte de sua extensão. Ainda bem que estava relativamente seca, pois dá pra imaginar que encarar aquelas ladeiras de barro quando molhadas não deve ser fácil. De qualquer maneira, comparada com a estrada que encaramos antes de começar a trilha pra Ciudad Perdida, foi brincadeira de criança.

A Cidade do Panamá é bem moderna, com avenidas largas e muitos arranha-céus. Claro que isso na parte rica, porque também tem uma parte pobre cheia de cortiços, embora não tenhamos visto nenhuma favela como no Brasil. Comemos e descansamos. Depois decidimos fazer o que parece ser o programa preferido dos Panamenhos: ir ao shopping! Escolhemos o maior da cidade, o Albrook Mall, pra fazer algumas compras antes de voltar ao Brasil.

Infelizmente não encontramos os preços ‘ridiculamente baixos’ que esperávamos, eu que pensava que saíriamos de lá abarrotados de eletrônicos, acabamos comprando apenas algumas poucas coisas. Tínhamos depois a opção de ir checar o carnaval da cidade, mas cansados que estávamos decidimos voltar diretamente ao hotel.

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22/02/09 – Domingo: Isla del Diablo

Posted by pdantas em 17 de julho de 2009

A ilha parece realmente coisa de filme, um amontoado de terras separadas por um mar azul de corais. Descobrimos um navio naufragado, já tomado pelos peixes e pela vegetação marinha. Depois, encontramos um peixe-planta e um peixe-chão. Claro que a literatura científica não os conhece por esses nomes, mas já explico. O peixe-planta é um magricelo comprido que, quando encontra outros peixes ou se assusta, se posiciona perpendicularmente ao fundo, fingindo ser uma planta do mar. O peixe-chão é cor-de-areia, e quando algo se aproxima fica paradinho tentando se mimetizar com o fundo. Quando pensa que não, ele parte rasteiro e ligeiro, e não se vê mais nem cheiro.

No final de nossa expedição, vimos uns peixes que pareciam tubarões. Ainda eram pequenos, mas o meu medo de tubarão falou mais alto e fez que o Pedro tivesse que voltar nadando de mãos dadas comigo até a ilha mais próxima. Até inventamos um nado sincronizado de dois, um puxa o outro que impulsiona o um, que puxa o outro. Duas nadadeiras mas quatro pés.

(a partir de agora quem escreve é o Pedro Ivo)

O almoço foi churrasco de polvo! Na verdade acordei bem cedo e, como a Má obviamente ainda estava dormindo fui dar uma volta pela ilha, acabei conhecendo um cara, já coroa, cujo nome não lembro, ele era francês mas morou muito tempo no Brasil e agora morava no Panamá, tinha ido acampar em San Blas com a mulher e a filha. Ele me perguntou se queríamos comer um churrasco de peixe mais tarde, pois tinha levado uma churrasqueira portátil. Eu, louco que sou por frutos do mar, não podia deixar passar uma oportunidade dessas.

Em pouco tempo passou uma canoa com um índio, que após alguns gritos se aproximou de nós. Pedimos ao pescador que nos trouxesse alguns polvos. Em pouco mais uma hora ele voltou com talvez uma dúzia de polvos no fundo da canoa, de variados tamanhos. Acabamos comprando toda a leva, pagamos o equivalente a pouco mais de R$20 nums quatro quilos de polvo fresquíssimos, recém saídos do mar.

Assim, quando voltamos do mergulho, fomos preparar o churrasco. Os polvos foram temperados somente com limão e sal, e depois colocados na grelha. Mas a churrasqueira era bem ruimzinha e não conseguia concentrar o calor, e além disso tínhamos pouquíssima disponibilidade de material de combustão na ilha, de modo que o fogo não ficou bom e por isso os polvos ficaram meio chamuscados por fora e borrachudos, mas com a fome que tínhamos comemos tudo de bom grado. Valeu pela experiência de fazer um churrasco de polvo no meio do caribe. Fico pensando como teria sido se o Lulu não tivesse soltado aquele king fish durante a viagem de barco!

No final do dia voltamos pra Carti. A volta também foi coisa de filme, mas um de terror: uma canoa super velha, caindo aos pedaços, que fazia água a cada onda que passávamos, e me obrigava a ficar com uma cuia tentando jogar fora o excesso de água. Pior, tinham derramado um pouco de gasolina no barco, gasolina essa que flutuava sobre a lâmina d’água no fundo do barco. A Má logo enjoou com o cheiro do combustível e devolveu todo o almoço ao mar.

Pra finalizar com chave de ouro, quando estávamos quase chegando no nosso destino, quase já sem luz no céu, o motor morre: acabou a gasolina. Felizmente tinham levado uma reservatório extra, e conseguimos enfim chegar a Carti, assustados, mas vivos, e com mais de um palmo de água no fundo da canoa. Por conta disso, uma das mochilas, que estava por baixo, ficou encharcada, assim como todas as roupas dentro dela. Acabamos indo tomar ‘aquele’ banho de cuia, sob a luz de estrelas, e ajudados por uma chuva providencial (não, claro o banheiro não tem teto).

Depois jantamos assistindo o final de uma apresentação de dança Kuna que foi interessante. Essa dança simboliza o final das comemorações na vila, e por isso essa noite foi bem mais tranquila que a outra que havíamos passado na ilha.

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21/02/09 – Sábado: San Blas

Posted by pdantas em 8 de maio de 2009

Os índios Kuna são mais abertos com os turistas que os Tayrona (ou Kog). São hipercomunicativos e, como estão numa das únicas ocasiões em que o consumo de bebidas alcoólicas é liberado, estão bem alegres e alguns bem borrachos. Aqui a pressa é inimiga de qualquer coisa. Apesar de estarmos de pé desde cedo (já passa do meio dia), ainda estamos esperando o barco que nos levará a Isla del Diablo. Aproveitamos o tempo para algumas fotos, principalmente das mulheres, que são realmente muito bonitas, com as roupas bem coloridas.

Aqui só as mulheres podem possuir alguma propriedade. Assim, se uma família não tem nenhuma filha, escolhe um dos meninos e o criam como se fosse mulher. Mas a globalização chegou por essas bandas também. Tudo aqui, assim como no Panamá, é vendido por dólar. Uma cerveja, um dólar. Até mesmo para tirar foto as índias cobram um dólar! O lençol da nossa cabana era de coração com ‘I love you’ por todo lado. Bem condizente com nossa lua de mel, não se pode negar. Os celulares tocam música latina. Praticamente todos só falam espanhol. A maioria usa roupas normais. Confesso que voltando da praia ontem, só de biquini e canga, me senti meio pelada..

Chegamos já de tarde na Isla del Diablo, mas valeu a pena. A ilha é bem bonita, com águas bem claras, as mais claras que já vimos por aqui. Ficamos de bobeira na areia e depois um reconhecimento pelos corais da redondeza. Mais tarde, quando anoiteceu, tentamos ainda uma fogueira, mas uma pancada de chuva nos empurrou pra dentro da cabana. Há que se ter muito cuidado ao entrar e sair dessas cabanas, pois elas são feitas por Kunas para Kunas, ou seja, são muito baixas! Os Kunas são o segundo povo mais baixo do mundo, depois dos pigmeus, então vocês podem imaginar a altura dessa portas! Ficamos de conversa fiada com duas alemãs e um índio, Jefrey, bem novo, uns 18 anos. Tomamos o resto de uma garrafa de rum que tínhamos trazido do barco com coca, e depois fomos dormir nos nossos aposentos barraquísticos, com uma bela vista pro infinito do céu e do mar emoldurado por coqueiros e estrelas.

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20/02/09 -Sexta: San Blas

Posted by pdantas em 8 de maio de 2009

Içamos âncora bem cedo, às sete da matina. Felizmente navegamos o tempo todo próximos a costa, protegidos por arrecifes, de maneira que não enfrentamos grandes ondas e Má aguentou bem. Depois de umas três horas, chegamos a Carti, uma das maiores comunidades Kuna. Despedidas feitas, o resto do grupo seguiu rumo a Cidade do Panamá, enquanto nós tomamos uma canoa motorizada que nos levou a ilha.

Os Kunas são um povo de cerca de 4000 integrantes que habitam esse arquipélago. São considerados um exemplo para todos os povos indígenas do mundo pela sua independência: apesar de fazer parte do Panamá, San Blas, ou Comarca Kuna Yala, como também é conhecida, é uma área autônoma do resto do país, com seu próprio governo . Ou seja, eles fazem parte do Panamá, mas são politicamente independentes.

O arquipélago de San Blas tem cerca de 400 ilhas no total. Os Kunas vivem em aglomerados em algumas dessas ilhas, como Carti, e aglomerados é a palavra certa, pois a ilha é um amontoado de cabanas de palha, ocupando todo o espaço disponível, sobrando apenas algumas brechas entre as cabanas que fazem as vezes de ruas e permitem a movimentação das pessoas. Os homens se vestem à maneira ocidental, com bermuda e camiseta, mas as mulheres conservam suas fantásticas vestimentas tradicionais, vestidos super coloridos feitos em parte com um tecido que parece chita e em parte com molas, que é como se denomina um bordado típico daqui. Além disso, tem sempre o cabelo curto e uma argola de ouro no nariz, e usam ataduras coloridas nos antebraços e canelas (depois ficamos sabendo que isso faz com que essas partes do corpo atrofiem e fiquem afinadas, o que é considerado bonito pelos índios). Esse visual exuberante das mulheres contrasta muito com o dos homens, e também com a pobreza da vila em si.

A economia Kuna se baseia na pesca e na produção de cocos, que eles plantaram em quase todas as ilhas. Além disso a venda de molas também garante algum ganho, bem como, mais recentemente, o turismo.

Chegamos na vila em meio a uma grande comemoração.  Fevereiro é o mês em que eles comemoram a revolta que garantiu sua autonomia em relação ao Panamá. Além disso, estavam celebrando o que eles chamam de ‘desarollo de la mujer’, que acontece quando uma menina índia tem sua primeira menstruação. Nessa ocasião, ela tem seu cabelo cortado curto, passa a vestir as roupas típicas (até então se veste com roupas ocidentais) e, mais importante, passa a ter um nome! Antes disso, elas possuem apenas algum tipo de apelido familiar. A família da menina, então, dá uma grande festa para toda a tribo, que dura três dias no caso de ser só uma menina, e cinco caso hajam mais.

Quanto chegamos era o segundo ou terceito dia da comemoração da maioridade de duas meninas. Pensamos nós em nossa ingenuidade que íamos ver algum tipo de festa típica, com danças e músicas, mas só o que vimos foram índios bêbados de cair às dez da manhã, ouvindo música panamenha ruim em radinhos de pilha…

O esquema aqui é ‘all-inclusive’, por uma taxa (US$25 em algumas ilhas, US$30 em outras) o visitante tem direito a um lugar pra dormir, três refeições por dia e translado diário entre a ilha onde estiver dormindo e outras ilhas que queira visitar. Tudo é extremamente espartano, a comida é basicamente peixe ou frango frito com arroz e alguma verdura, costuma-se dormir em redes em cabanas com chão de terra batida e os banheiros não tem água encanada: o banho é com cuia e a ‘privada’ é simplesmente um buraco que dá direto no mar.

Deixamos nossas coisas na casa onde iríamos passar a noite e tomamos a canoa pra uma visita a Isla Aguja. O tempo a princípio estava muito feio, mas depois abriu. Fizemos snorkel, mas a correnteza acabou nos jogando diretamente em cima de alguns corais mais rasos, o que resultou em alguns cortes e queimaduras – alguns corais são venenosos, queimam quem os toca.

Desistimos então da água e ficamos simplesmente relaxando na praia, lendo e curtindo o visual. No final da tarde, a lancha nos pegou. Depois de um banho bem ligeiro, jantamos e fomos dar, literalmente, uma volta pela ilha. Como o movimento de índios bêbados não estava interessante, pensamos em ir dormir cedo, mas nossa cabana ficava bem ao lado de uma bodega que vendia cerveja, o que quer dizer índios ouvindo música alta e conversando animados até altas horas. Não foi a noite mais agradável que já tivemos.

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19/02/09 – Quinta: Stahlratte/ San Blas

Posted by pdantas em 8 de maio de 2009

Má hoje já estava 100%, então o dia foi dedicado ao snorkel pelos corais da área. Usamos e abusamos de nossa câmera a prova d’água, fotografando e filmando todo aquele incrível mundo submarino. No meio da tarde, uma surpresa: alguns de nossos companheiros de viagem que estavam mergulhando conosco encontraram, dormindo tranquilamente sob os corais, um tubarão de mais de 2m de comprimento. Todos ficaram empolgados com a descoberta, menos a Má, que saiu da água que nem um raio e se recusou a entrar novamente.

A noite, tivemos o grande jantar de despedida, já que a viagem termina no próximo dia. O prato principal foi uma lagosta com molho de laranja, deliciosa, todos comeram até se fartar. Na verdade toda a alimentação a bordo foi muito boa, o que pra nós foi ótimo, pois ainda estávamos um pouco rescaldados nesse sentido da viagem a Cidade Perdida.

Durante o jantar também tivemos uma visita muito especial: uma arraia, ou melhor, uma eagle ray, que como um imenso pássaro branco brincou algum tempo perto do barco, pra nosso deleite. O coroamento de um dia especial.

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heaveho

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dancingqueen

pedromarina3Fotos: Lee Fenwick

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